Julino Soares
Fitoterápico Cimicifuga racemosa (cohosh negro): risco de hepatotoxicidade
A Unidade de Farmacovigilância informa que a Agência Européia para a Avaliação de Medicamentos (EMEA) divulgou um alerta sobre a conexão potencial entre produtos fitoterápicos contendo Cimicifuga racemosa (cohosh negro) e hepatotoxicidade.

Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. David Stang. Tropicos
O Comitê sobre Produtos à base de Plantas Medicinais (HMPC) avaliou 42 relatos de caso de hepatotoxicidade, coletados a partir das Autoridades Competentes Nacionais Européias (34 casos) e da literatura (8 casos). Desses, apenas 16 casos foram considerados suficientemente documentados para permitir que o Comitê avaliasse se o uso da Cimicifuga racemosa poderia estar relacionado às deficiências hepáticas. Em 4 casos (2 de hepatite autoimune, 1 de deficiência hepática hepatocelular e 1 de insuficiência hepática fulminante) havia uma associação temporal entre o início do tratamento com Cimicifuga racemosa e a ocorrência de reação hepática.
O Comitê afirma que continuará a revisar toda a informação sobre segurança relacionada a esta questão e, se necessário, divulgará novo alerta atualizado.
A Cimicifuga racemosa (Cimicifuga racemosae rhizoma) é uma planta medicinal nativa da América do Norte, utilizada principalmente no tratamento da menopausa como alternativa à terapia de reposição hormonal. No Brasil, esta planta faz parte da composição de vários medicamentos fitoterápicos como Tepemen® (Abnat), Mencirax® (Ativus), Menocimed® (Cimed), Tensiane® (Greenpharma) e Clifemin® (Herbarium), dentre outros.

Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. David Stang. Tropicos