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Valeriana

Espécie

Valeriana officinalis L.

Família

Caprifoliaceae

Sinonímia

'-

Nome Popular

Valeriana

Parte utilizada/orgão vegetal

Raízes.(2)

Ref.: (1); (2)

Usado como sedativo moderado, hipnótico e no tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade.(2)

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

CONTRAINDICAÇÕES

Contraindicado para menores de 12 anos, grávidas, lactantes e pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes do fitoterápico.(4,18)

PRECAUÇÕES DE USO

Esse fitoterápico pode causar sonolência, não sendo, portanto, recomendável a sua administração antes de dirigir, operar máquinas ou realizar qualquer atividade de risco que necessite atenção.(4,5)

EFEITOS ADVERSOS

Os efeitos adversos relatados pelos voluntários participantes dos ensaios clínicos e tratados com os diferentes extratos secos padronizados de V. officinalis foram raros, leves e similares àqueles apresentados pelos grupos tratados com o placebo.(6,7) Tais efeitos adversos incluem tontura, desconforto gastrointestinal, alergias de contato, cefaleia e midríase.(8-12) Com o uso em longo prazo, os seguintes sintomas podem ocorrer: cefaleia, cansaço, insônia, midríase e desordens cardíacas.(3) O uso de altas doses de V. officinalis por muitos anos aumentou a possibilidade de ocorrência de síndrome de abstinência com a retirada abrupta do fitoterápico.(5)

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Esse fitoterápico pode potencializar o efeito de outros depressores do SNC. Em estudos em animais verificou-se que V. officinalis possui efeito aditivo quando utilizada em combinação com barbitúricos, anestésicos ou benzodiazepínicos e outros fármacos depressores do SNC.(3,13) O extrato aquoso aumentou o tempo de sono com o tiopental (via oral em camundongo) e o extrato etanólico prolongou a anestesia promovida por tiopental (em camundongo) devido a sua afinidade aos receptores barbitúricos, e o extrato de V. officinalis e valepotriatos com receptores GABA e benzodiazepínicos (in vitro) e à diminuição dos efeitos causados pela retirada do diazepam por uma dose suficientemente grande de valepotriatos (em ratos), extratos de V. officinalis contendo valepotriatos, podendo auxiliar na síndrome de abstinência pela retirada do uso do diazepam.(14) Evitar o uso de V. officinalis com a ingestão de bebidas alcoólicas pela possível exacerbação dos efeitos sedativos.(15) Interações clínicas relevantes com drogas metabolizadas por CYP 2D6, CYP 3A4/5, CYP 1A2 ou CYP 2E1 não foram observadas.(18)

FORMAS FARMACÊUTICAS

Cápsulas ou comprimidos contendo a droga vegetal (raízes secas) ou extratos (hidroetanólico 40-70% (v/v); extratos aquosos) e tintura. Armazenar em frascos hermeticamente fechados, ao abrigo da luz e em local sob controle de temperatura.(2)

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA

(DOSE E INTERVALO)

Oral. Pode ser utilizado para maiores de 12 anos, adultos e idosos. Se for prescrito o extrato hidroetanólico acima descrito: o equivalente a duas a três gramas. Droga vegetal: de 0,3 a 1 g da droga vegetal para usar o pó em cápsula. Como droga vegetal para preparação do decocto: 1 a 3 g. Extrato aquoso: 1 a 3 g. Tinturas (1:5, etanol 70%) 1 a 3 mL. Alcoolatura: de 2 a 5 mL.(19) Extrato seco: de 45 a 125 mg de dose diária.(19) Posologia - como sedativo leve: 1 a 3 vezes ao dia. Para distúrbios do sono: dose única antes de dormir mais uma dose no início da noite caso seja necessário. Dose máxima diária: 4 vezes ao dia.(2,18)

TEMPO DE UTILIZAÇÃO

Para alcançar um efeito ótimo de tratamento, o uso continuado é recomendado durante 2-4 semanas, não sendo indicado o tratamento agudo. Se os sintomas persistirem ou se agravar após 2 semanas de uso contínuo, o médico deve ser consultado.(18)

SUPERDOSAGEM

Em casos de superdosagem (doses de raiz superiores a 20 g) podem ocorrer sintomas adversos leves como fadiga, câimbras abdominais, tensionamento do tórax, tontura, tremores e midríase que desapareceram no período de 24 horas após descontinuação do uso.(4) Altas doses de V. officinalis podem causar bradicardias, arritmias e redução do peristaltismo intestinal.(18)

PRESCRIÇÃO

NOMES COMERCIAIS

Fitoterápico, somente sob prescrição médica.

Recalm, Valyanne, Sonotabs, Calmitane, Ansival, Sonoripan, Valeriane, Valerimed, Valerinati, Valessone, Valeriana EC Tintura

Variação de Preço: R$ 7,15  /  R$ 53,87

PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS

Monoterpenos, sesquiterpenos, epóxi-iridóides e valepotriatos.(2)

INFORMAÇÕES SOBRE SEGURANÇA E EFICÁCIA

ENSAIOS NÃO-CLINICOS

FARMACOLÓGICOS

Em experimentos em animais, foram observadas: Ação depressora central, sedativa, ansiolítica, espasmolítica e relaxante muscular. Os ácidos valerênicos in vitro diminuíram a degradação do ácido gama aminobutírico (GABA). Em experimentos em animais houve aumento do GABA na fenda sináptica via inibição da recaptação e aumento da secreção do neurotransmissor, podendo ser esse um dos efeitos que causam a atividade sedativa. Outro mecanismo que pode contribuir para essa atividade é a presença de altos níveis de glutamina no extrato, que tem a capacidade de cruzar a barreira hematoencefálica, sendo captada pelo terminal nervoso e convertida em GABA.(16,17)

ENSAIOS NÃO-CLINICOS

TOXICOLÓGICOS

Extratos etanólicos de raízes de Valeriana officinalis causaram baixa toxicidade em roedores durante os testes agudos e de toxicidade de dose repetida ao longo do período de 4-8 semanas.(18)

ENSAIOS CLINICOS

FARMACOLÓGICOS

Em estudo randomizado, controlado por placebo, os pacientes receberam 600 mg de extrato da raiz de V. officinalis padronizado em 0,4 a 0,6% de ácido valerênico (n = 61) ou placebo (n = 60) uma hora antes de dormir por 28 noites consecutivas. Dos pacientes que utilizaram a V. officinalis 66% apresentaram efeito terapêutico bom ou muito bom ao final do tratamento, comparado a 29% igualmente positivos do placebo.(3)

FONTE

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Farmacopeia Brasileira. Memento Fitoterápico, 1° Edição, 2016. Disponível em: http://bit.ly/2LMgjOy

SELEÇÃO DE PUBLICAÇÕES

1: Meier S, Haschke M, Zahner C, Kruttschnitt E, Drewe J, Liakoni E, Hammann F, Gaab J. Effects of a fixed herbal drug combination (Ze 185) to an experimental acute stress setting in healthy men - An explorative randomized placebo-controlled double-blind study. Phytomedicine. 2018 Jan 15;39:85-92. doi:

10.1016/j.phymed.2017.12.005. Epub 2017 Dec 12. PubMed PMID: 29433687. 2: Kim J, Lee SL, Kang I, Song YA, Ma J, Hong YS, Park S, Moon SI, Kim S, Jeong S, Kim JE. Natural Products from Single Plants as Sleep Aids: A Systematic Review. J Med Food. 2018 May;21(5):433-444. doi: 10.1089/jmf.2017.4064. Epub 2018 Jan 22. Review. PubMed PMID: 29356580. 3: Mineo L, Concerto C, Patel D, Mayorga T, Paula M, Chusid E, Aguglia E, Battaglia F. Valeriana officinalis Root Extract Modulates Cortical Excitatory Circuits in Humans. Neuropsychobiology. 2017;75(1):46-51. doi: 10.1159/000480053. Epub 2017 Oct 17. PubMed PMID: 29035887. 4: Ahmadi M, Khalili H, Abbasian L, Ghaeli P. Effect of Valerian in Preventing Neuropsychiatric Adverse Effects of Efavirenz in HIV-Positive Patients: A Pilot Randomized, Placebo-Controlled Clinical Trial. Ann Pharmacother. 2017 Jun;51(6):457-464. doi: 10.1177/1060028017696105. Epub 2017 Feb 1. PubMed PMID: 28478716. 5: Jenabi E, Shobeiri F, Hazavehei SMM, Roshanaei G. The effect of Valerian on the severity and frequency of hot flashes: A triple-blind randomized clinical trial. Women Health. 2018 Mar;58(3):297-304. doi: 10.1080/03630242.2017.1296058. Epub 2017 Mar 17. PubMed PMID: 28278010. 6: Wang RJ, Huang Q, Yong Y, Li HX, Zhang SJ, Chen BH, Zhu LX, Chen Y, Tang X, Song SS, Dong XP, Tan YZ, Zhang H. [Studies on chemical constituents of Valeriana plants and their biological activities]. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi. 2016 Apr;41(8):1405-1414. doi: 10.4268/cjcmm20160807. Review. Chinese. PubMed PMID: 28884531.

REFERÊNCIAS

(1) TROPICOS. Disponível em: http://www.tropicos.org/NameSearch.aspx?name=Valeriana+officinalis&commonname=>. Acessado em: 06maio 2016.

(2) WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO monographs on selected medicinal plants. Geneva, Switzerland: World Health Organization, v. 1, p. 267-276, 1999.

(3) PDR. Valeriana officinalis L. Phisicians Desk Reference For Herbal Medicines. 2nd ed. Medical Economics, 2000.

(4) ESCOP, European Scientific Cooperative on Phytotherapy. Monographs on the medicinal uses of plant drugs. Fascículo 4. 1997.

(5) BLUMENTHAL, M. American Botanical Council – ABC Clinical Guide. Austin: American Botanical Council. p. 351-364, 2003.

(6) O`NARA, M.; KIEFER, D.; FARREL, K.; KEMPER, K. A review of 12 commonly used medicinal herbs. Archives of Family Medicine, v. 7, p. 523-36, 1998.

(7) STEVINSON, C.; ERNST, E. Valerian for insomnia: a systematic review of randomized clinical trials. Sleep Medicine, v. 1, p.91-99, 2000.

(8) LEATHWOOD, P.D.; CHAUFFARD, F.; HECK, E.; MUNOZ-BOX, R. Aqueous extract of valerian root (Valeriana officinalis L.) improves sleep quality in man. Pharmacology, Biochemistry, and Behavior, v. 17, p.65-71, 1982.

(9) KAMM-KOHL, A. V.; JANSEN, W.; BROCKMANN, P. Moderne baldriabtherapie gegen nervosa Storungen im Selium. Die Medizinische Welt, v. 35, p. 1450-1454, 1984.

(10) LEATHWOOD, P. D.; CHAUFFARD, F. Aqueous extract of valerian reduces latency to fall asleep in man. Planta Médica, v. 51, p.144-148, 1985.

(11) VORBACH, E. U.; GORTELMEYER, R.; BRUNING, J. Therapie von insomnien: wirksa- mkeit und verträglichkeit eines baldrianpräparats. Psychopharmakotherapie, v. 3, p. 109-115, 1996

(12) DONATH, F.; QUISPE, S.; DIEFENBACH, K.; MAURER, A.; FIETZE, I.; ROOTS, I. Critical evaluation of the effect of valerian extract on leep structure and sleep quality. Pharmacopsychiatry, v. 33, p. 47-53, 2000.

(13) ALEXANDRE, R F. Fitoterapia baseada em evidências: exemplos dos medicamentos fitoterápicos mais vendidos em Santa Catarina. 2004. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia, 2004.

(14) BRINKER, N. D. Herb contraindications and drug interaction. 2nd ed. Oregon: Ecletic Medical Publications, 1998.

(15) MICROMEDEX. DRUG-REAX® Interactive Drug Interactions: Valerian. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2015

(16) SANTOS, M. S. et al. Synaptosomal GABA release as influenced by valerian root extract, involvement of the GABA carrier. Archives of international pharmacodynamics, v. 327, p. 220–231, 1994.

(17) SANTOS, M. S. et al. An aqueous extract of valerian influences the transport of GABA insynaptosomes. Planta Medica, v. 60, p. 278–279, 1994.

(18) EMA. European Medicines Agency. Community on Herbal Monograph Products (HMPC). Valeriana officinalis L., Radix. Disponível em: . Acesso em: 27 jan. 2015.

(19) WICHTL, M. (Ed.), Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals, Third Edition, Medpharm Scientific Publishers, Stuttgart, Germany, 2004.

Imagem. Valeriana officinalis L. Image by William Milliken. Kew Royal Botanic Gardens. Disponível em: http://bit.ly/2APzzpT. “RBG, Kew cannot warrant the quality or accuracy of the data.”

ENSAIOS CLINICOS

TOXICOLÓGICOS

Vários estudos com extratos de valeriana foram realizados para avaliar a possível influência sobre a vigília. De acordo com esses estudos, altas doses do extrato da raiz de valeriana podem causar sedação leve depois das primeiras horas da administração, mas, diferentemente dos benzodiazepínicos, não reduz a vigília no dia seguinte.(18) Não foram encontrados dados descritos na literatura de resultados hematológicos ou bioquímicos.

Erva medicinal

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