
Cavalinha
Espécie
Equisetum arvense L.
Família
Equisetaceae
Sinonímia
'-
Nome Popular
Cavalinha
Parte utilizada/orgão vegetal
Folhas e partes aéreas.(3)
Ref.: (1); (2)
Diurético.(4,5)
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
CONTRAINDICAÇÕES
Contraindicado para menores de 12 anos, grávidas, lactantes e pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes do fitoterápico.(6,7,8) Contraindicado para pacientes nos quais a ingestão reduzida de líquidos é recomendada (por exemplo, doenças cardíacas e renais severas).(8)
PRECAUÇÕES DE USO
A ingestão crônica diminui níveis da vitamina B1 (tiamina) e o efeito diurético pode causar a perda de potássio (hipocalemia).(7) Em pacientes que apresentam insuficiência renal crônica e que fazem uso de medicamentos que alteram níveis de potássio, pode causar hipercalemia.(8) Se as queixas ou sintomas tais como febre, disúria, espasmo ou hematúria ocorrerem durante o uso do fitoterápico um médico deverá ser consultado.(8) Para outras preparações, exceto o chá medicinal (infuso), recomenda-se manter a ingestão de líquidos apropriada.(8)
EFEITOS ADVERSOS
Bloqueio atrioventricular transitório, distúrbios gastrointestinais e reações alérgicas.(8)
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso de extratos de E. arvense pode inibir a enzima CYP1A2, interferindo possivelmente com fármacos metabolizados por essa via.(9)
FORMAS FARMACÊUTICAS
Tintura: (1:4-5) em solução hidroetanólica a 31,5% (p/p); Tintura (1:5) em solução hidroetanólica a 96% (v/v); Cápsula e comprimido contendo extrato seco (4- 7:1) com extração aquosa; Cápsula e comprimido contendo extrato seco (7,5-10,5:1) com extração hidroetanólica a 70% (v/v);(8) Chá medicinal (infusão).(10,11)
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA
(DOSE E INTERVALO)
Oral Adulto: a) infusão de folhas ou partes aéreas de 2-3 g em 250 mL de água fervente (xícara de chá), (8, 10, 12); b) droga vegetal rasurada: 570 mg; c) tintura:(1:4-5) em solução hidroetanólico a 31,5% (p/p): 20 gotas; d) tintura: (1:5) em solução hidroetanólico a 96% (v/v): 30 a 40 gotas; e) extrato seco (4-7:1) com extração aquosa: 185 mg; f) extrato seco (7,5-10,5:1) com extração hidroetanólica a 70% (v/v): 200 – 225 mg.(8) Dose diária: 3 doses; Dose diária máxima: 4 doses.(8)
TEMPO DE UTILIZAÇÃO
Utilizar por duas a quatro semanas. Se os sintomas persistirem após uma semana do uso do fitoterápico um médico ou profissional da saúde qualificado deverá ser consultado.(8)
SUPERDOSAGEM
Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada sobre problemas decorrentes de superdosagem. Em caso de administração de quantidades acima das recomendadas o paciente deve ser observado.
PRESCRIÇÃO
NOMES COMERCIAIS
Fitoterápico, isento de prescrição médica.
Cavalinha Herbarium
Variação de Preço: R$ 18,76
PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS
Monoterpenoides, dinorditerpenoides, dinorsesquiterpenoides, cumarinas, alcaloides, mucilagens, minerais, flavonoides e saponinas.(2,3,5,13,14)
INFORMAÇÕES SOBRE SEGURANÇA E EFICÁCIA
ENSAIOS NÃO-CLINICOS
FARMACOLÓGICOS
Em ensaio em camundongos utilizando o extrato hidroetanólico houve efeitos antinoceptivo e antiinflamatório.(5)
ENSAIOS NÃO-CLINICOS
TOXICOLÓGICOS
Em estudo em ratos Wistar tratados por 14 dias com extrato hidroetanólico de Equisetum arvense nas dosagens de 30, 50 e 100 mg/kg, não foi verifi- cada hepatotoxicidade.(4) No estudo realizado em ratas Wistar tratadas por via oral, com três diferentes doses de extrato etanólico de Equisetum arvense (30 mg/kg, 60 mg/kg e 120 mg/kg) por um período de 30 dias, não foram observados efeitos tóxicos referentes aos sinais clínicos, o peso corporal e peso de órgãos. Na dose de 60 mg/kg foi encontrado diferença significativa em relação ao grupo controle para os parâmetros hemato-bioquímicos. Os parâmetros histológicos do tecido hepático de todos os três grupos mostraram arquitetura celular normal. A análise histopalógica do osso do fémur mostrou diminuição na largura trabecular, sugerindo efeito tóxico do extrato na dose de 60 mg/kg. Assim, o estudo concluiu que o extrato etanólico de E. arvense produz efeito tóxico de forma dose-dependente.(15)
ENSAIOS CLINICOS
FARMACOLÓGICOS
Em ensaio clínico randomizado em três etapas, duplo-cego, com 36 voluntários saudáveis do sexo masculino distribuídos aleatoriamente em três grupos (n = 12) durante quatro dias consecutivos, administrou-se, alternadamente, extrato seco padronizado de Equisetum arvense (EADE, 900 mg/ dia) e placebo (amido de milho, 900 mg/dia), ou hidroclorotiazida (25 mg/dia), por um período de 10 dias. O extrato de E. arvense causou efeito diurético mais pronunciado que o controle negativo e foi equivalente a hidroclorotiazida sem causar mudanças significativas na excreção de eletrólitos. Não houve aumento significativo na eliminação urinária de catabólitos. Nos exames e testes laboratoriais clínicos não houve alterações antes ou depois do experimento, o que sugere que o EADE é seguro para uso agudo.(14)
FONTE
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Farmacopeia Brasileira. Memento Fitoterápico, 1° Edição, 2016. Disponível em: http://bit.ly/2LMgjOy
SELEÇÃO DE PUBLICAÇÕES
REFERÊNCIAS
(1) TROPICOS. Disponível em: http://www.tropicos.org/NameSearch.aspx?name=Equisetum+ arvense&commonname=>. Acessado em: 06maio 2016.
(2) RADULOVIC, N.; STOJANOVIC, G.; PALIC, R. Composition and Antimicrobial Activity of Equisetum arvense L. Essential Oil. Phytotherapy Research, v. 20, p. 85-88, 2006.
(3) KAZYIAMA, V. M.; FERNANDES, M. J. B.; SIMONI, I. C. Atividade antiviral de extratos de plantas medicinais disponíveis comercialmente frente aos herpes vírus suíno e bovino. Rev Bras Pl Med, v.14, p.522-528, 2012.
(4) BARACHO, N. C. V.; VICENTE, B. B. V.; ARRUDA, G. A. S.; SANCHES, B. C. F.; BRITO, J. Study of acute hepatotoxicity of Equisetum arvense L. in rats. Acta Cirúrgica Brasileira, v. 24, n. 6, p. 449-453, 2009.
(5) MONTE, F. H. M.; SANTOS, J. G.; MARCELA, B. M.; DAMASSENO, M. F.; LEAL, L. K. A. M. Cognitive enhancement in aged rats after chronic administration of Equisetum arvense L. with demonstrated antioxidant properties in vitro. Pharmacol Biochem Behav, v. 81, n. 3, p. 593- 600, 2005.
(6) SOLEIMANI, S.; AZARBAIZANI, F. F.; NEJATI, V. The effect of Equisetum arvense L. (Equisetaceae) in histological changes of pancreatic beta-cells in streptozotocin-induced diabetic in rats. Pak J Biol Sci, v. 10, n. 23, p. 4236-40, 2008.
(7) SANDHU, N. S.; KAUR, S.; CHOPRA, D. Equisetum arvense: pharmacology and phytochemistry - a review. Asian Journal of Pharmaceutical and Clinical Research, v. 3, n. 3, p. 146-150, 2010.
(8) EMA. European Medicines Agency. Committee on Herbal Medicinal Products (HMPC). Equisetum arvense L., herba. Disponível em: < http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/docu- ment_library/Herbal_-_Community_herbal_mo- nograph/2009/12/WC500018411.pdf >. Acesso em: 27 abr. 2015.
(9) LANGHAMMER, A. J.; NILSEN, O. G. In vitro Inhibition of Human CYP1A2, CYP2D6, and CYP3A4 by Six Herbs Commonly Used in Pregnancy. Phytotherapy Research, v. 28, p. 603- 610, 2014.
(10) BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. São Paulo: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2011. 71 p.
(11) GARCIA, D.; DOMINGUES, M. V.; RODRIGUES, E. Ethnopharmacological survey among migrants living in the Southeast Atlantic Forest of Diadema, São Paulo, Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v. 6, n. 29, p.1-19, 2010.
(12) NAGAI, T.; MYODA, T.; NAGASHIMA, T. Antioxidative activities of water extract and ethanol extract from field horsetail (tsukushi) Equisetum ar- vense L, Food Chem, v. 91, n. 3, p. 389-394, 2005.
(13) BROUDISCOU, L. P.; LASSALAS, B. Effects of Lavandula officinalis and Equisetum arvense dry extracts and isoquercitrin on the fermentation of diets varying in forage contents by rumen microorganisms in batch culture. Reprod Nutr Dev, v. 40, p. 431–40, 2000.
(14) CARNEIRO, D. M.; FREIRE, R. C.; HONÓRIO, T. C. D; ZOGHAIB, I.; CARDOSO, F. F. S. S.; TRESVENZOL, L. M. F.; PAULA, J. R.; SOUSA, A. L. L.; JARDIM, P. C. B. V.; CUNHA, L. C. Randomized, double-blind clinical trial to as- sess the acute diuretic effect of Equisetum arvense (Field Horsetail) in healthy volunteers. Evidencebased complementary and alternative medicines, v. 1, p.1-8, 2014.
(15) BADOLE, S.; KOTWA, S. Biochemical, hematological and histological changes in response to graded dose of extract of Equisetum arvense in adult female wistar rats. IJPSR, v. 6, p. 8, 2015.
Imagem Name Equisetum arvense L. Specimen Jacobs, Brad - s.n. Image Kind Herbarium Specimen. Bar Code MO-2109140. Copyright MBG. Fonte: Tropicos. Disponível em: http://bit.ly/2RNPUoY
ENSAIOS CLINICOS
TOXICOLÓGICOS
Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada.
